Como o objetivo era pedalar neste domingo nem que fosse sem uma perna. Acordamos sem qualquer pressa, assistimos um pouco de TV e só depois das 7h30 levantamos para tomar nosso café da manhã. Finalmente saíamos de casa lá pelas 8h30 da manhã e partirmos para a cidade Mogi das Cruzes, pois realizaríamos a trilha Mogi das Cruzes 1, do Livro Guia de Trilhas do Guilherme Cavallari, tida como o pior singletrack do mundo. Esta trilha percorre toda a crista da Serra do Itapety, passando pela Pedra do Lagarto, mirante onde é possível avistar o começo da Serra da Mantiqueira.
Nosso primeiro destino era a estação de metrô do Tucuruvi. Já no caminho tivemos que vencer dois morrinhos típicos da zona norte de São Paulo. Sem problemas no trajeto de metrô e trem, chegamos à estação estudantes, em Mogi às 11 da manhã.
Apesar da minha ansiedade para iniciar logo a pedalada, Vivi quis tomar um suco de laranja antes de iniciar o pedal. Após um suco meia boca na única lanchonete perto da estação, partimos para a nossa jornada.
Seguimos para o ponto inicial da planilha e fomos seguindo suas orientações, passamos pelo bairro do Peão e logo chegamos a Estrada Velha do Lambari. Daqui para frente é só subida. Em boa parte desta estrada está boa para pedalar, são poucos os trechos que é preciso descer da bicicleta. O único problema eram os pernilongos que vinham secos para chupar os nossos sangues.
Com quase 5 km pedalados saímos desta estrada e continuamos por uma trilha mais fechada, ou seja, iniciamos o Pior do Mundo. Quando li essa informações fiquei imaginando o que iríamos encontrar pela frente, mas certamente não seria o que eu estava prestes a passar.
Com 45 minutos de pedalada chegamos ao mirante da Pedra do Lagarto sem nenhum problema com a navegação. Da pedra é possível avistar a Serra da Mantiqueira, palco de nossas próximas aventuras no inverno.
Como éramos os únicos naquele lindo e bucólico lugar, decidimos parar por meia hora para comer um lanche e para tirar fotos.
Até ali estava tudo tranquilo apesar de alguns trechos mais complicados, não carregávamos muito as magrelas, mas isso estava para acabar. Após recarregar as energias, voltamos a nossa pedalada que se tornaria mais um “vara-mato” de bicicleta do que uma pedalada prazerosa de domingo.
Ao retornar a trilha principal tivemos que carregar as magrelas nas costas até o topo. A mata caída dificultava mais ainda nossa progressão. Logo chegamos ao Topo e seguimos pela crista. Aparentemente não haveria mais problemas era só tocar para baixo e continuar a pedala, certo? Errado!
A trilha estava bem aberta neste trecho, porém tinham muitas teias com aranhas enormes (segundo a Vivi) que estavam bem na altura do rosto. Após quase engolir uma aranha, Vivi foi à frente com uma vara limpando o caminho.