Após dois finais de semana em São Paulo sem fazer nenhuma trip adventure somente exercitando o lado Sl’s da cana, decidimos que no final de semana dos dias 22 e 23 de maio tinha que sair alguma coisa que o foco principal não fosse cachaça.
Tínhamos em mente de voltar a fazer a pedalada de Peruibe até a Barra do Una. Estava praticamente tudo fechado, algumas pessoas chaves convidadas, só faltava o tempo ajudar, pois para esse role tinha que ser feito com um tempo ótimo para aproveitarmos os rios e cachus que o caminho nos proporciona.
Mas São Pedro resolveu não colaborar desta e a previsão para Peruíbe era de tempo nublado e chuva. Só este fato bastaria para cancelar a trip, mas se a galera que convidamos topasse ir assim mesmo, não teríamos motivos para cancelar. Mas, como sempre, todo mundo correu fora, cada dando suas desculpas para ficar no conforto da sua casa e mais uma vez só sobrou eu e a Vivi.
Não tínhamos nenhum plano B em mente e passamos a procurar alguma trip para que entrássemos de bicão rs. Sabíamos de uma trip para o Pico dos Marins, e mais alguns pedais com outras galeras, mas ainda não era A TRIP que procurávamos. Lançamos o convite do Marins aos Sem Limites, para ver se algum integrante desta tribo animasse, somente o Lee se animou, mas recebemos uma contra proposta do Bruno de SJC para acompanhá-lo até Visconde de Mauá, pois neste final de semana estaria rolando uma etapa do Adventure Camp.
Decidimos lançar o convite para ir ao Marins no grupo de emails dos SL’s para ver se algum integrante desta tribo animasse. Ninguém animou, exceto o Lee, e ainda recebemos uma contra proposta do Bruno de SJC para acompanhá-lo até Visconde de Mauá, pois neste final de semana estaria rolando uma etapa do Adventure Camp.
Pegamos mais informações sobre o evento e algumas coisas para fazer na região e decidimos embarcar. O Danilo de SJC também animou e disse que iria conosco, já que o Bruno iria mais cedo e não tinha mais vaga no carro dele.
Eu e a Vivi, saímos da paulicéia desvairada ás 22h, sem antes passar no mercado para comprar uns goros. Entramos na Dutra e seguimos quase que tranquilamente até SJC, não fosse um pouco de lentidão na região de Guarulhos e Arujá.
Chegamos a SJC, encontramos com o Danilo, que ainda não estava com suas malas prontas rs. Esperamos um pouco e logo ele apareceu com suas tralhas e seguimos para Cachoeira Paulista para buscar a Bike dele na casa de seus pais. Bike resgatada, agora só restava seguir direto até Visconde de Mauá.
Chegamos a Visconde por volta das 3h da manhã, nosso amigo Bruno não agüentou esperar por nós e já tinha ido contar carneirinho. Acampamos no quintal da Escola que estava servindo de base para os organizadores e ajudantes.
Eram quase 5 da manhã quando terminamos de montar nossas barracas e fomos dormir. Mas antes que pudéssemos cair no mais profundo e merecido sono, um filhote de cachorro que a Vivi fez amizade invadiu nossa barraca e se infiltrou em nossos sacos de dormir. Rs
Apesar de ter ficado com dó do bichinho, tive que tirá-lo dali e levei ele para fora da escola e tranquei o portão para que ele não mais incomodasse nosso sono.
Eram 7h30 da manhã quando o sol transformou nossa barraca em um forno de pizzaria. Não conseguia abrir meus olhos. Parecia que havia areia e vidro neles tamanho era meu cansaço. Mas mesmo assim, saí da barraca.
Tomamos café e fomos procurar o Bruno para decidir o que fazer. Logo o Danilo encontrou a Brunão que passou algumas informações dos picos próximos de onde estávamos. Tínhamos duas opções: Pedalar até Maromba e conhecer a cachoeira do escorrega ou subir o Pico da Pedra Selada, que está a 1755m de altitude.
Decidimos pela segunda opção já que o Bruno estava sem Bike e no domingo ele teria que ajudar na prova da Adventure Camp.
Arrumamos nossas coisas e partimos para a fazenda onde se inicia a trilha. O dono da fazenda cobra uma taxa de visitação no valor de R$ 3,00.
Estacionamos o carro, pedimos informação ao tiozinho onde começava a trilha e seguimos na direção dela. Um erro de comunicação fez com que ao passarmos por uma porteira seguíssemos pela trilha da esquerda que contornava o morro por baixo, enquanto a trilha seguia enfrente subindo o morro.
A trilha que tomamos logo se fechou e em vez de voltar para a porteira, dei a idéia de varar um pouco de mato e seguir na direção de uma imponente Araucária que estava no alto do morro, pois ali teríamos melhor visão e poderíamos encontrar a trilha.
Vencemos sem problemas este pequeno morro e chegamos na Araucária, que estava exatamente na trilha rs. Nesta hora demos muitas risadas, já que a trilha era mais batida do que bife de carne de 3ª. Mas como nosso lema é para que facilitar se podemos complicar, sabíamos que essa volta a mais seria o fato determinante para lembrássemos desta trilha, já o caminho até o cume seria tranqüilo.
A subida até o cume alterna boas subidas e subidas leves que margeiam o morro. No caminho ao cume tem uma picada que dá em uma cachoeira. Água também não é problema, existem dois pontos na trilha.
Ao chegarmos ao cume encontramos com a “famosa” família Müller. A Vivi começou a fazer piadas sobre autógrafos, mas ninguém entendia nada, já que os demais companheiros de pernada não conhecia eles, até que ela explicou.
Cume conquistado, agora era hora de um lanchinho básico e apreciar o visual. De lá dava para avistar Prateleiras e um imponente cume atrás dele que achávamos que era a Pedra da Mina, nosso destino para o feriado.
Enquanto apreciávamos o visual, a família Müller começou a gravar como se estivessem alcançado o cume naquele instante. A falta de naturalidade fez com que déssemos risadas daquela cena.
Após assinar o livro do cume e registrar que os SL’s passaram por ali, decidimos descer. A descida foi bem tranqüila, creio eu que em menos de uma hora já estávamos no carro.
Voltamos para o vilarejo de Visconde de Mauá e logo fomos comer. Eu comi uma bela e suculenta feijoada e os outros foram de comercial mesmo. Fome saciada, agora era hora de tomar banho.
A Vivi tinha comentado que o banheiro não tinha chuveiro e que o banho teria quer ser gelado. Já era noite e ninguém animou muito para tomar banho gelado. Estávamos decididos a ficar sem banho, quando encontramos o Bruno de banho tomado e perguntamos:”tomou gelado mesmo?” ele respondeu: “Não, no vestiário masculino tem banho quente”.
Agora tinha acabado a desculpa para não tomar banho. Resolvido o problema do mal cheiro, agora era hora de chapar rs.
Abrimos nossa primeira garrafa de vinho e logo nosso amigo Pepe apareceu, é impressionante como nunca marcamos nada com ele, mas sempre aparece para alegrar a turma. Ponta firme esse cara, já chega causando e gritando“Pepeeeeeeeeeee, já acendi a vela!!”
Estava tudo agradável, uma noite linda, céu totalmente limpo, uma lua maravilhosa. Mas descobri que a combinação feijoada e vinho pode ser fatal. Nem tinha tomado meu segundo copo e passei mal e coloquei tudo para fora...
Nem preciso comentar que fui pouco zuado rs mas faz parte, ainda mais com os olhos de espanto do Danilo e do Bruno quando voltei a beber o vinho kkkk. Para fechar com chave de ouro essa passagem, um vira lata comeu toda a feijoada que coloquei para fora... O estranho é que até eu dormir um bando de cachorro passou a me seguir. Coincidência ou eles se comunicaram e passaram a me seguir na esperança que eu desse mais alguma iguaria para eles?
Por volta das 22h os vinhos acabaram e fomos dormir, pois queríamos pedalar no dia seguinte.
Acordamos no domingo por volta das 8h30 e fomos tomar nosso desjejum. Após isso, fomos desmontar o acampamento e arrumar as bikes para a pedalar até a cachoeira do escorrega em maromba.
O caminho até Maromba é feito por uma estrada de terra, sem muitas dificuldades. Subidas leves e retas, qualquer iniciante é capaz de realizar este feito.
No caminho até a cachoeira do escorrega, paramos na cachoeira veio da noiva. Por volta das 14h chegamos ao nosso destino. O Danilo estava torcendo para eu desistir de escorregar, pois assim ele teria uma desculpa para não entrar naquela água gelada.
Mesmo ele não acreditando que eu fosse mesmo, tirei meu tênis e minha camiseta e fui escorregar. Juro que se fosse uma cachoeira normal eu não entraria, mas cachoeiras que podem escorregar é uma coisa diferente e não poderia sair dali sem experimentar essa sensação.
Fiz o drope e falei para o Danilo, agora é a sua vez kk e lá foi ela para aquela água gelada. Após isso, comprei uma lembrancinha para uma pessoa especial com uns Hippies que estavam ali e fomos tomar umas geladas para comemorar o objetivo conquistado.
Após molhamos os nossos bicos, partimos para Visconde Mauá tranquilamente já que era só descida.
Chegamos e fomos tentar tomar banho. A fila estava enorme e decidimos que a melhor opção era comer alguma coisa e pegar a estrada. Arrumamos as bikes no carro e paramos para comer. Eu e a Vivi comemos uma suculenta truta assada ao molho de alcaparras e batata soute. Enquanto o Danilo foi de comercial com omelete.
Fome saciada, entramos no carro e partimos para São Paulo. Paramos novamente na casa dos pais dos Danilo, onde tomei um café para seguir firme até o destino final. Em SJC nos despedimos do Danilo e seguimos agora sem parada até SP, onde chegamos as 23h.
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