sábado, 28 de dezembro de 2013

Chapada da Diamantina - Travessia Lençóis - Vale do Capão via cachoeira do 21

Para fugir da muvuca paulista no final do ano, fomos até o Parque Nacional da Chapada da Diamantina - BA para passar a virada, fazer trilhas e escalar. Como as passagens aéreas estavam muito salgadas por conta da alta temporada, fomos de Uno mesmo, Eu, Vivi, André e Mônica.

Fizemos a viagem em dois dias, paramos em Montes Claros – MG e no segundo dia de noite chegávamos à cidade de Lençóis – BA.

Ficamos um dia descansando em Lençóis e no outro dia partimos para o vale do Capão. A ideia da Vivi era ir até o Capão pela Cachoeira da Fumaça fazendo ela por baixo, mas como eu não achei nenhum tracklog e único que eu tinha era o da trilha mais curta até o Capão, mas sem nenhuma cachoeira. Porém tínhamos uma carta topográfica da região cedida pelo Dante, amigo da Vivi, que usaríamos para orientação já que ela tinha as coordenas geográficas e tentaríamos chegar a cachoeira do 21 por ela e com o gps.


Primeiro dia Lençóis - Cachoeira do Fundão e  Cachoeira do 21

Iniciamos a caminhada bem cedo e logo encontramos um grupo de alagoanos (Bruno Torres,  João,  Leonardo e Diego) sendo guiado por Pedro Andrade ainda na vila e estavam indo também para a cachoeira do 21.

Conversei alguns minutos com Pedro sobre a trilha e ele gentilmente passou todas as dicas valiosas sobre o caminho.

Como havíamos percorrido parte do inicio da trilha no dia anterior tentando achar as paredes de escala, já sabíamos por onde seguir no primeiro momento. A trilha no inicio é a mesma que leva para o vale do Capão de forma mais rápida, por isso ela é bem nítida.

cachoeira do Fundão.
Depois de uns 40 minutos caminhando, vencemos uma leve subida e logo chegamos a um belo mirante onde era possível ver o Canion da Cachoeira do Fundão. No mirante pegamos a trilha para direita, ainda seguindo o caminho mais curto até o capão. Passamos por uma bifurcação a esquerda e logo percebi que a trilha para o fundo Canion era aquela e por isso voltamos e logo avistamos a frente o grupo guiado por Pedro.

A trilha até o fundo do Canion é bem óbvia no inicio, mas logo fica confusa, principalmente nas lajes de pedras. Ao meio dia chegamos à entrada do Canion da Cachoeira do Fundão e fizemos uma pausa para um mergulho, pois sol o timidamente saia por trás das nuvens.

Depois de uma breve pausa retornamos nossa caminhada. A trilha continua pela margem direita de quem olha de frente para o cânion, mas logo ela caia para o rio, mais a frente ela cruzava, ou seja, agora era seguir por onde dava e com todo cuidado.

Devido as fortes chuvas pegamos o rio bem cheio o que dificultou bastante o progresso, mas a recompensa veio com as cachoeiras com um volume impressionante.

Ao chegarmos à cachoeira do fundão nos brindamos com ela só para nós. Depois de uns mergulhos, continuamos a trilha que segue escalaminhando a parede vertical pela esquerda da laje de pedra. O primeiro lance é o mais chato e que precisa mais atenção, depois fica mais tranquilo, a trilha segue fazendo zig-zag pelo barranco.

A trilha sai no rio um pouco acima do topo da cachoeira do fundão e logo chegamos à área de camping. O grupo de alagoanos bivacaram de baixo de um teto de frente para cachoeira do 21.


Segundo dia Cachoeira do 21 a cachoeira da Fumaça.

Acordamos bem cedo para evitar o sol que finalmente abriria com toda a força. Antes paramos para conversar com o guia Pedro e os nossos brothers alagoanos e claro, um banho na cachoeira do 21 que normalmente não tem queda d’água, só um poço.

De volta à trilha, ela segue subindo a cachoeira do 21 pelo lado esquerdo, seguindo sempre em direção ao cânion do acima da cachoeira. Logo a trilha saia no cânion do rio branco e seguimos pulando pedra pelo leito até cruzar com o cânion do rio verde a nossa esquerda, seguimos por ele até finalmente sair nas gerais.

Na nascente do rio verde sai uma trilha a esquerda e segue rumo à cachoeira da fumaça. Em uma enorme laje de pedra perdemos a trilha que até então estava bem fácil. Procura daqui, vara mato dali e nada.

Decidimos voltar para buscar água, já que ninguém abasteceu na nascente e logo ficaríamos sem. Ao chegar a nascente logo chegou o grupo guiado por Pedro e fomos seguindo eles.

 A trilha na laje de pedra segue totalmente para a esquerda logo que você entra nela. Nós seguimos reto.

Andamos por mais uns 20 minutos e chegamos à cachoeira da fumaça e estávamos de volta a civilização. Pessoas e mais pessoas se banhavam nos poços acima da queda principal. Ficamos ali matando o tempo até todos descerem para armamos acampamento, pois não é permitido acampar lá em cima. Portanto tenha cuidado e claro, não deixe sujeira em hipótese alguma!

Acordamos no dia seguinte bem cedo e logo iniciamos a descida tranquila até o vale do Capão, onde chegamos às 9 da manhã e comemos um delicioso pastel de palmito de jaca.
Agradeço o Pedro Andrade, pelas dicas e por toda ajuda no caminho, sem elas nossa trilha seria bem mais longa rs.


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