Para fugir da muvuca paulista no final do ano, fomos até o Parque Nacional da Chapada da Diamantina - BA para passar a virada, fazer trilhas e escalar. Como as
passagens aéreas estavam muito salgadas por conta da alta temporada, fomos de Uno mesmo, Eu, Vivi, André e Mônica.
Fizemos a viagem em dois dias,
paramos em Montes Claros – MG e no segundo dia de noite chegávamos à cidade de
Lençóis – BA.
Ficamos um dia descansando em
Lençóis e no outro dia partimos para o vale do Capão. A ideia da Vivi era ir
até o Capão pela Cachoeira da Fumaça fazendo ela por baixo, mas como eu não
achei nenhum tracklog e único que eu tinha era o da trilha mais curta até o
Capão, mas sem nenhuma cachoeira. Porém tínhamos uma carta topográfica da
região cedida pelo Dante, amigo da Vivi, que usaríamos para orientação já que
ela tinha as coordenas geográficas e tentaríamos chegar a cachoeira do 21 por
ela e com o gps.
Iniciamos a caminhada bem cedo e
logo encontramos um grupo de alagoanos (Bruno Torres, João,
Leonardo e Diego) sendo guiado por Pedro Andrade ainda na vila e estavam
indo também para a cachoeira do 21.
Conversei alguns minutos com
Pedro sobre a trilha e ele gentilmente passou todas as dicas valiosas sobre o
caminho.
Como havíamos percorrido parte do
inicio da trilha no dia anterior tentando achar as paredes de escala, já sabíamos por onde seguir no primeiro momento. A trilha no inicio é a mesma que leva
para o vale do Capão de forma mais rápida, por isso ela é bem nítida.
cachoeira do Fundão. |
Depois de uns 40 minutos caminhando,
vencemos uma leve subida e logo chegamos a um belo mirante onde era possível
ver o Canion da Cachoeira do Fundão. No mirante pegamos a trilha para direita,
ainda seguindo o caminho mais curto até o capão. Passamos por uma bifurcação a
esquerda e logo percebi que a trilha para o fundo Canion era aquela e por isso
voltamos e logo avistamos a frente o grupo guiado por Pedro.
A trilha até o fundo do Canion é
bem óbvia no inicio, mas logo fica confusa, principalmente nas lajes de pedras.
Ao meio dia chegamos à entrada do Canion da Cachoeira do Fundão e fizemos uma
pausa para um mergulho, pois sol o timidamente saia por trás das nuvens.
Depois de uma breve pausa retornamos
nossa caminhada. A trilha continua pela margem direita de quem olha de frente
para o cânion, mas logo ela caia para o rio, mais a frente ela cruzava, ou
seja, agora era seguir por onde dava e com todo cuidado.
Devido as fortes chuvas pegamos o
rio bem cheio o que dificultou bastante o progresso, mas a recompensa veio com
as cachoeiras com um volume impressionante.
Ao chegarmos à cachoeira do
fundão nos brindamos com ela só para nós. Depois de uns mergulhos, continuamos
a trilha que segue escalaminhando a parede vertical pela esquerda da laje de
pedra. O primeiro lance é o mais chato e que precisa mais atenção, depois fica
mais tranquilo, a trilha segue fazendo zig-zag pelo barranco.
A trilha sai no rio um pouco
acima do topo da cachoeira do fundão e logo chegamos à área de camping. O grupo
de alagoanos bivacaram de baixo de um teto de frente para cachoeira do 21.
Segundo dia Cachoeira do 21 a
cachoeira da Fumaça.
Acordamos bem cedo para evitar o
sol que finalmente abriria com toda a força. Antes paramos para conversar com o
guia Pedro e os nossos brothers alagoanos e claro, um banho na cachoeira do 21
que normalmente não tem queda d’água, só um poço.
De volta à trilha, ela segue
subindo a cachoeira do 21 pelo lado esquerdo, seguindo sempre em direção ao cânion
do acima da cachoeira. Logo a trilha saia no cânion do rio branco e seguimos
pulando pedra pelo leito até cruzar com o cânion do rio verde a nossa esquerda,
seguimos por ele até finalmente sair nas gerais.
Na nascente do rio verde sai uma
trilha a esquerda e segue rumo à cachoeira da fumaça. Em uma enorme laje de
pedra perdemos a trilha que até então estava bem fácil. Procura daqui, vara mato dali
e nada.
Decidimos voltar para buscar água, já que ninguém abasteceu na nascente e logo ficaríamos sem. Ao chegar a
nascente logo chegou o grupo guiado por Pedro e fomos seguindo eles.
A trilha na laje de pedra segue totalmente
para a esquerda logo que você entra nela. Nós seguimos reto.
Andamos por mais uns 20 minutos e
chegamos à cachoeira da fumaça e estávamos de volta a civilização. Pessoas e
mais pessoas se banhavam nos poços acima da queda principal. Ficamos ali
matando o tempo até todos descerem para armamos acampamento, pois não é
permitido acampar lá em cima. Portanto tenha cuidado e claro, não deixe sujeira
em hipótese alguma!
Acordamos no dia seguinte bem
cedo e logo iniciamos a descida tranquila até o vale do Capão, onde chegamos às
9 da manhã e comemos um delicioso pastel de palmito de jaca.
Agradeço o Pedro Andrade, pelas dicas e por toda ajuda no
caminho, sem elas nossa trilha seria bem mais longa rs.
Fica aqui o link do facebook dele para quem quiser contratar
seus serviços facebook.
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