Roteiro realizado em 2009
Era
para ser um final de semana calmo, pois cada integrante dos Sem Limites
tinha uma programação diferente. Porém, alguns contratempos fizeram com que a
trip que a Vivi tinha marcado para sexta feira de manhã fosse cancelada. Sendo
assim, eu adiei a trilha dos macacos que fica aqui na Serra da
Cantareira e embarcar para Barra do uma com ela.
Tentamos arrastar mais alguns
bikers conosco, mas parece que nossa moral está em baixa e ninguém quis ir ou
tinha como ir.
Nos
encontramos na Decatlon para comprar alguns equipos mecânicos que faltavam, mas
como os preços estavam abusivos seguimos para uma Bicicletaria no
Tremembé,
eu de carro e a Vivi seguindo-me de moto. De lá partimos para o mercado para
comprar os suprimentos necessários. Compras feitas, horário combinado, então,
tudo pronto para a pedalada na manhã seguinte.
Busquei a Vivi no horário
combinado e partimos rumo a Peruíbe (de quem foi a
idéia do pedal?). Demoramos um pouco para sair de São Paulo devido ao
trânsito na Avenida do Estado. Percebi que perderíamos muito tempo ali, então
decidi fazer um retorno e pegar a Imigrantes pela av. 23 de maio. Já na
imigrantes seguimos direto para o nosso destino.
Como a irmã da Vivi mora em
Peruíbe decidimos deixar o carro na casa dela. Chegamos à casa dela às
08h00minh. Tiramos as bikes do carro e separamos o que levaríamos em nossos
bagageiros muito lentamente, pois estávamos dentro do cronograma. Enquanto isso
a irmã da Vivi fez uma senhora salada de frutas para o nosso café da manhã.
Partimos às 09h30minh e seguimos
até a Avenida Padre Anchieta, nesta avenida seguimos até o fim dela e antes do
rio entramos a direita e logo em seguida a
esquerda. São mais ou menos 15
km de reta, bom para esquentar as pernas. Passamos sobre
o rio e já estávamos na estrada do Guaraú.
Não era minha menina ainda rs |
Logo no começo da estrada e a
primeira subida do dia, que logo foi vencida sem muito esforço, mas é claro só
fazendo as pernas girarem, nada de força. Após essa subida uma descida
maravilhosa perfeita para relaxar os músculos das pernas.
Temperatura controlada e voltamos
a pedalar. Logo depois deste riacho começa outra subida do mesmo nível da
primeira e depois uma longa descida e chegamos à Praia do Guaraú. 20 km de asfalto, vencidos em
1h15min.
Decidimos conhecer a praia. A
Vivi estava preocupada para saber se ainda tinha muita subida no caminho para a
Barra do Una para saber se poderíamos ficar muito tempo na praia. Nisso vinha
um garoto de encontro a nós e perguntamos para ele. O moleque não tinha freio e
para a nossa surpresa, parou a bike com o pé. Até ai tudo bem se ele não
estivesse descalço!!! Esse foi considerado o
integrante 00 dos Sem Limites.
humm sede... |
O moleque disse que as subidas
eram tranqüilas. Então decidimos comer alguma coisa na praia do Guaraú sem
correria.
Ao chegar à praia, paramos sob
uma árvore e comemos algo para repor a energia. Esta praia é muito parecida com
todas do litoral sul paulista. Areia batida e água escura, com a diferença de
ainda ter muita mata atlântica em volta dela.
Não ficamos muito tempo na praia,
apesar do sol estar castigando ninguém quis tomar um banho de mar e arriscar
ficar com as pernas assadas depois. Partimos e paramos para tomar uma água de
coco e uma cerveja.
Amenizada nossa sede, voltamos a
pedalar. Más nem bem começamos a pedalar e já paramos novamente. Pois no
caminho tinha um bar com uma fonte onde muitas pessoas paravam para um refresco
providencial. Nem pensamos duas vezes. A Vivi olhou
para mim e disse “topa um banho Fá?”, respondi “topo sim, por que não?” e lá
fomos nós.
Esse banho foi revigorante, pois
eram 12 horas e o sol e o calor castigava-nos. Seguimos pedalando e no caminho
percebemos que era comum bares com fontes para que seus clientes pudessem se
refrescar em um ducha. Água era comum no caminho, por isso basta levar uma
garrafa de 500ml que é o suficiente.
Andamos uns 5 km e paramos no rio perequê
para mais um refresco e um salto numa corda pendurada na beira do rio.
Aproveitamos para comer uma porção de copa e tomar mais uma cerveja geladinha.
Ficamos ali por uns 30 min e
seguimos em direção a Barra do una. Logo
entramos no parque da Juréia e perguntamos para um morador
local se a cachoeira do paraíso estava muito longe da bifurcação. Ele respondeu
que ela ficava a mais ou menos uns 4
km . Não pensamos duas vezes e seguimos para a cachoeira.
Após a entrada no parque você encontrará uma bifurcação. Pegando para a direita
você segue para a cachoeira e para a esquerda segue para a barra do uma, no caminho para a cachoeira ficamos admirando os ipês
amarelos que se destacavam em meio ao verde da mata atlântica.
Chegamos à cachoeira por volta
das 14h00 min e tomamos duas cervejas bem geladas e conversando horrores. Perto
das 15h30minh pegamos a “trilha” que dá acesso a cachoeira. Chegamos à
cachoeira e nem pensei duas vezes em escorregar nela, somente perguntei para os
monitores do parque qual o melhor local para fazer o drop.
Muito legal a descida. Queria
escorregar novamente, só que estava com preguiça em dar a volta na trilha e
tentei subi pelas pedras. Nem preciso dizer o que houve. Um rola básico e
risada da galera. Logo veio o guia mostrar o caminho das pedras. Ai ficou
fácil, subi e insisti para a Vivi descer e lá foi ela e eu também.
Decidimos voltar para a pedalada.
Estávamos descendo em direção as bikes quando fomos cercadas por mutucas que
mais pareciam Pterodátilos. Sai correndo, pois certamente se aquilo me picasse
doeria muito.
Montamos nas bikes ás 16h00minh e
decidimos ir
direto para a Barra do una. Seguimos até a
bifurcação sem problemas e após uma meia hora de pedalada veio um subidinha
chata. Mais uma vez só girando nada de esforço. Terminada a subida e descemos o
que seria a nossa ultima descida do rolê.
Após numa curva a Vivi pegou um
buraco que estava cheio de pedras para que os carros não atolem e ela perdeu o
controle e foi para o chão. Eu nem vi a queda, pois estava na frente. Como
tenho costume de sempre olhar para trás para ver meus companheiros de pedal, vi
que ela não estava por perto e decidi
parar. Nisso escuto ela gritando meu nome. Na hora pensei: “deu merda”.
Larguei a bike e subi correndo e
chegando vi que ela estava consciente, porém com rasgo enorme na testa. Ela
ainda questionou se dava para continuar e eu disse negativo, fim de trilha.
Andar de bike tem seus riscos... |
Nisso desce um carro e pergunta
se queríamos ajuda, prontamente dissemos que sim e que se ele pudesse voltar na
portaria do parque e avisar os guardas, seria muito útil para nós.
Próximo ao local da queda havia
uma casa e a moradora veio com um balde d’água para que pudéssemos limpar os
ferimentos e também dar um apoio moral.
Em mais ou menos meia hora os
guardas do parque chegaram para nos resgatar e nos avisou que já chamaram a
ambulância. Disseram que só poderiam nos levar até a entrada do parque e que a
ambulância se encarregaria de levar-nos ao Pronto Socorro.
Dissemos que tudo bem e
perguntamos se poderíamos deixar nossas bikes ali e pegar no outro dia. Muito
gentilmente eles deixaram e para nossa surpresa logo a ambulância chegou.
Como não poderia deixar de ser eu
e a Vivi fomos causando lá trás. Tirando fotos e dando risada, eu insistindo
para ela pedir para o motorista ligar a sirene rs.
Ao chegar ao PS, logo fomos atendidos.
Enquanto o médico examinava minha parceira de aventuras eu tentava dar o máximo
de apoio para ela, já que não poderia fazer mais nada além disso.
Após um banho os médicos fizeram
os curativos e deram os pontos necessários. O
engraçado foi o médico quase cego costurando a testa dela. Ele perdeu a agulha
umas três vezes e era questionado toda hora pela enfermeira se ele queria a
lupa kkk Açougue? Ainda tivemos que esperar para realizar um raio-x e
após isso fomos liberados. Agora só nos restava ir até a rodoviária e descobrir
onde passava o ônibus para a casa da irmã da Vivi.
merecemos.. |
Tomamos o ônibus que dava uma
tremenda volta. Quando chegamos à casa da irmã da Vivi, foi uma zoeira do
caramba. Rsrs a irmã dela é muito engraçada e ficou tirando sarro por causa da
queda, ainda bem que mudou o foco, pois pela manhã a irmã dela tirava uma com
minha cara por causa da minha bermuda de ciclista kkkk.
Comemos uma salada e abrimos a
primeira garrafa de vinho e depois a segunda. Fomos dormir lá pelas duas da
manhã. No domingo acordamos e fomos resgatar as bikes, agradecemos os guardas
que nos ajudaram e seguimos para o cais para comprar uns peixes para o almoço.
Mais fotos
não tenho arquivo para gps.
Nenhum comentário:
Postar um comentário