quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Conhecendo um Pouco da Amazônia. 2ª parte Presidente Figueiredo

2º dia – Presidente Figueiredo.  Cachoeira do Asframa e da Porteira.

Cachoeira do Asframa.
Depois de descansar à tarde anterior todinha, acordamos bem cedo e já descemos para tomar o café da manhã miado do hostel (www.manaushotel.com.br) novamente um pão puma com queijo quente e suco de acerola, lógico apenas um copo. Depois do café, fomos até o banco sacar dinheiro e constatamos como o trânsito da cidade era caótico. Parece que negligenciar os problemas do trânsito é uma cultura nacional.
No caminho Vivi comprou um pequeno saco de castanha do Pará, que descobri que os demais estados do norte a chamam de castanha do Brasil já que ela dá em outros estados e não somente no Pará. Ao experimentar a castanha constatamos que o sabor dela fresca é muito melhor das que encontramos aqui. Provem!  
Voltamos ao hostel, arrumamos nossas coisas e fomos até a locadora buscar o carro. Atenção! Faça a reserva do carro antes, pois é bem possível que não encontre um por um preço justo ou não encontre algum. Pesquisei em várias e a que tinha o melhor preço era a locadora Viriato Rent a Car (www.viriatorentacar.com.br) diária, com seguro e quilometragem livre R$ 75,00.
A locadora fica próxima ao Hostel, por isso fomos a pé, porém mesmo assim chegamos cedo e precisamos aguardar a sua abertura. Enquanto aguardávamos chegaram Lucas e Itana que estavam na esperança de encontrar um carro para irem até Presidente Figueiredo. De pronto já oferecemos uma carona caso eles não encontrassem.

Após a locadora abrir, eles verificaram que tinha um carro um pouco mais caro e ficariam com aquele e agradeceram a nossa oferta. Na hora de pagar é claro que eu tinha que aprontar, pensei que tinha esquecido minha carteira no quarto no hostel, porém após voltar até lá e ver que ela não estava, lembrei que ela estava na mochila que estava com a Vivi na locadora rs. Ao voltar e contar minha trapalhada, fiquei sabendo que o Lucas também adora esquecer as coisas e acabou por esquecer sua carteira em casa e perguntou se proposta anda estava de pé. Falei que claro que estava.
Só conseguimos sair da locadora às 10h e ainda tínhamos que passar no hostel para pegar nossas cargueiras. Pelo visto seria difícil sair de Manaus o trânsito estava horrível por conta de uma obra no caminho para pegar a Br-174.
Finalmente conseguimos pegar a Br. As condições da estrada são boas. Pavimento bom e boa sinalização. Antes de chegar à Presidente Figueiredo paramos para conhecer a cachoeira do Asframa, pagamos R$ 20,00 o carro.
Por ser uma cachoeira de fácil acesso a área conta uma estrutura para que as famílias passem o dia lá. No local há um bar servindo cerveja e almoço. Por ser época de vazão dos rios, a cachoeira estava ótima para banho. Não ficamos muito tempo nessa cachoeira, pois já era tarde e estávamos com fome. Por isso resolvemos almoçar e depois se desse tempo conheceríamos outra.
Antes de saciar nossa fome, paramos no Centro de Atendimento ao Turista para conseguir um contato de um guia.
Fomos comer no Parque do Urubuí, na rua principal do parque há vários restaurantes. Parece que não é só peixe que os Amazonenses pescam, mas seus clientes também. Ao trafegar com o carro em baixa velocidade éramos abordados pelos funcionários dos restaurantes para que fossemos lá. Situação desagradável, pois chegaram até fazer leilão para ver quem ofertava pelo melhor preço. Escolhemos aquele que ninguém nos abordou, não lembro o nome, mas é o ultimo ao lado direito da rua próximo ao rio. Comemos pirarucu ao molho de camarão, com arroz e banana da terra frita. Prato para 4 pessoas R$ 60,00.
Cachoeira da Porteira.
A comida estava ótima. Depois do almoço fomos curtir um final de tarde na cachoeira da porteira. Essa Cachoeira fica na AM-240, cujo acesso fica no km 13. Nessa cachoeira tem uns psicoblocs, porém como havíamos acabado de almoçar, não brincamos nele, pois  não queríamos fazer qualquer esforço.
Quando menos esperávamos apareceu nosso amigo Pepe e ficamos ali escutando suas prosas. Saímos da cachoeira da porteira já escurecendo, mas não sem antes ver o voo de duas araras azuis.
De volta à cidade fomos direto a casa do Herman, guia e dono da pousada Nossa Casa cama & café (http://www.facebook.com/PousadaNossaCasa). Os preços variavam de R$ 70 a R$ 100 dependo do nível de conforto que escolher. Nós optamos pela mais barata. Após o banho conversamos com o Herman se ele poderia nos guiar até a cachoeira da Neblina e do Salto do Apiaí. Em tempo, a contratação de um guia somente é necessária em poucos locais a maioria das cachoeiras não precisa. Como estava com um compromisso agendado ele não poderia, mas ficou de arrumar um guia para nós.
Após essa conversa fomos todos até o centrinho comer algo e comprar alguma coisa para comer na trilha. Na lanchonete na praça cada um fez seu pedido. Eu fui de casquinha de caranguejo, que estava ótima, e depois comi uma mini pizza, que não posso dizer o mesmo. Vivi pediu um x - contra file salada e o casal Lucas e Itana pediram uma porção de contra file e uma salada e falaram que estava ótimo. Jantamos ao som de uma banda gospel que tocava irritantemente no meio da praça.
Retornando à pousada ainda encontramos o Herman acordado e conversamos um pouco com ele. Mas não demorou para o cansaço apertar e já disse boa noite para a galera e fui encontrar com a Vivi que já estava dormindo a pelo menos a meia hora.
3º dia - Presidente Figueiredo. Cachoeira da Neblina e da Pedra Furada.
Acordamos cedo empolgado para realizar a trilha até a cachoeira da neblina. Seriam 6 km de trilha no meio da floresta amazônica. Após o belo café da manhã servido na pousada pão com frios, tapioca e café com leite. Nem preciso dizer que estava bem melhor que o do Hostel. Depois do café esperamos nosso guia chegar para começar nossa pernada (diária R$ 100).
Não saímos tão cedo quanto queríamos, mas ninguém estressou por conta isso. Para chegar ao começo da trilha pegamos a Br – 174 voltando para acessar a AM – 240 e fomos até aproximadamente no km 50, antes da cachoeira da pedra furada. Iniciamos a caminhada e pudemos constatar o tamanho das árvores. Eram enormes de todos os tipos. Realmente a floresta era linda. Itana estava deslumbrada com a flora amazônica.
Cachoeira da Neblina.
A trilha até a cachoeira não tem erro, é aberta, sem bifurcações e toda plana, difícil até de imaginar que teria uma queda de trinta metros no final dela. Em uma hora e quarenta minutos chegamos até o nosso destino, cachoeira da neblina. Valeu apena andar um pouco para encontrar aquele local sem presença de outras pessoas. Ficamos ali nadando e tirando fotos por um bom tempo. Após o lanche decidimos abandonar aquele belo local e retornar a tempo de conhecer outra cachoeira. Na volta levamos o tempo da ida. Como ainda era cedo decidimos ir até a cachoeira da Pedra Furada. Na entrada já pagamos R$ 5,00 de entrado.
De onde estaciona o carro até a cachoeira não se anda muito, portanto era fácil de imaginar que poderia estar lotada. Demos sorte de chegar à cachoeira e as famílias que ali passavam o dia já iam embora, mas não antes de tirar um sarro da gente porque estávamos com guia. Pantufa maldita! Aposto que ele não andaria metade do que andamos, mas não valia à pena causar discórdia.
Ficamos ali contemplando aquela cachoeira e imaginando quanto tempo à água demorou a esculpir aquele buraco. Após algumas fotos e um breve relaxamento, partimos para a cidade. Antes passamos na fazenda onde começa a trilha da cachoeira da neblina para pagar nossas entradas. R$ 5,00 por pessoa.
Cachoeira da Pedra Furada
Ao deixar o guia na pousada, fomos direto ao restaurante e destruímos file de pirarucu à milanesa e outro empanado, baião de dois, e uma farofa deliciosa de banana da terra. R$ 60,00 para os quatro.
Voltamos para pousada e combinamos de descansar um pouco e dentro de uma hora nos encontraríamos para conversar com o Herman. Porém todos nós caímos no sono e perdemos o horário.


 4º dia – Presidente Figueiredo. Cachoeira Salto do Apiaí e do Santuário.
De café da manhã tomado, somente esperamos nosso guia chegar e partimos em direção a mesma estrada do dia seguinte. A maioria das cachoeiras tem acesso pela AM – 240. A fazenda que dá acesso à trilha fica próximo ao km 55. Tem uma placa enorme esculpida em madeira Salto do Apiaí.
Paramos o carro embaixo de uma mangueira, pois o sol já castigava e não passava das dez da manhã. Começamos a caminhada, a trilha no começo é uma estrada por onde escoa a colheita dos pés de laranja.
Salto do Apiaí.
Nem começamos a caminhar na picada e já deparamos com várias araras vermelhas no topo de uma grande árvore. Paramos para tirar algumas fotos. Após uma breve pausa, voltamos a caminhar. Em uma hora e trinta minutos chegamos ao topo da cachoeira. A trilha apesar de bem aberta apresenta algumas bifurcações, como é necessário guia para o ingresso da propriedade não postarei essas informações aqui.
A nosso guia antes de descer até a cachoeira, levou-nos até uma formação rochosa que formava um labirinto de pedras. Ele nos mostrou uma pintura rupestre de algum índio que habitou a região antes construção da represa da balbina.
Diferente da cachoeira de ontem, esta não tinha um bom poço para banho, só dava para ficar de baixo dela. No lanche comemos o que sobrou do dia anterior. Fome saciada era hora de partir. Antes de pegarmos a trilha de volta o nosso guia nos levou até um mirante.  A nossa frente tinha uma árvore que estava mais alta que a gente sendo que ela estava no fundo do vale.
Depois de apreciar uma vista inusitada da Amazônia até aquele momento, já que caminhamos sempre por uma planície, retornamos para a trilha principal e pegamos o mesmo caminho da ida.
Às três e meia da tarde já estávamos de volta ao carro e partimos correndo para a Cachoeira do Santuário, porém antes passamos na cachoeira da pedra furada para pagar nossas entradas da cachoeira do salto do Apiaí R$ 5.
Na cachoeira do santuário pagamos R$ 10 para entrar nessa cachoeira. Essa cachoeira já possui bons poços e várias famílias passam o dia nela. Como chegamos no final do da tarde, não estava tão lotada.
Cachoeira do Santuário

Não ficamos muito tempo, pois tínhamos que almoçar e tomar banho para depois pegar a estrada com destino à cidade de Novo Airão. Ou seja, o dia para mim estava longe de terminar.
Deixamos o guia na pousada e fomos para o mesmo restaurante do dia anterior. Mas desta vez pedimos costela de tambaqui assada e tucunaré à milanesa.
De barriga cheia voltamos para a pousada e tomamos um rápido banho, pois já era tarde. Despedimos de Herman e sua família e partimos em direção a Manaus. Ao chegar à capital, deixamos nossos novos amigos no Manaus hostel e logo partimos em direção a ponte sobre o rio negro, porém nos perdemos diversas vezes por falta de sinalização. Após finalmente encontrá-la, seguimos até Novo Airão chegando lá somente depois da meia noite.
Para nossa surpresa não havia nenhuma pousada aberta na avenida principal. Finalmente conseguimos um quarto na pousada jaú. Porém não recomendo ninguém a ficar nela. Durma no carro ou na praia, mas não nela.
Como não tínhamos muita opção ficamos nela mesmo, pois eu estava cansado da viagem e precisava de uma boa noite de sono.
Continua...
Guia em Presidente Prudente: Fredy (92) 9493-3045. Herman Presidente da Associação de Guias.
Mai fotos

2 comentários:

  1. da hora as cachus ! hmm e o tambaqui é o melhor peixe que já comi na minha vida. muito saboroso e grande rsrs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rafa é difícil falar qual o melhor que comi lá... em novo Airão comemos um que chama matrinxã e é muito saboroso tb... dúvida eu fico com todos.

      Excluir